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Morgan Stanley Atualiza Previsões para o Setor de Ações Educacionais

No cenário atual, o Morgan Stanley apresenta uma perspectiva otimista para o terceiro trimestre de 2025. Além disso, antecipa o início do ciclo de afrouxamento monetário em 2026. No entanto, o banco manifesta cautela diante dos riscos regulatórios que podem impactar o setor a longo prazo.

Recentemente, a instituição revisou sua classificação para a Cogna (COGN3), alterando-a de underweight para equal-weight. Essa mudança reflete a boa fase dos lucros da empresa, que apresenta catalisadores capazes de impulsionar seu desempenho no curto prazo.

Isso ajuda a mitigar os riscos associados às novas regulamentações que se aproximam. O preço-alvo da ação foi ajustado de R$ 2,90 para R$ 4,00.

Desempenho das ações e revisões de recomendações

Em contraste, a Yduqs (YDUQ3) teve sua recomendação rebaixada de equal-weight para underweight, com o preço-alvo reduzido de R$ 15,50 para R$ 14,00. O banco justificou essa decisão com base nas margens de lucro insatisfatórias e nos desafios enfrentados para atingir as metas de lucro por ação em 2025, além da geração de caixa em 2026. Nesse contexto, o Morgan Stanley expressou uma preferência clara por Cogna em relação a Yduqs no curto prazo.

Reações do mercado

Como resultado dessas mudanças, as ações da YDUQ3 apresentaram uma queda de 4,02%, atingindo R$ 13,37 no início das negociações de quarta-feira. Em contrapartida, as ações da COGN3 subiram 0,80%, alcançando R$ 3,79. Essa movimentação no mercado reflete a percepção dos investidores em relação às novas recomendações e ao impacto esperado no desempenho das empresas.

Perspectivas para 2026

Voltando-se para 2026, as ações que se destacam nas preferências do banco são a Ânima (ANIM3) e a Ser Educacional (SEER3), ambas com uma recomendação de overweight. Essas empresas se beneficiam de bons resultados, têm sensibilidade a mudanças nas taxas de juros e contam com uma proteção regulatória adequada. O preço-alvo para Ânima é de R$ 5,50, enquanto para Ser Educacional é de R$ 14,50.

O Morgan Stanley também observa que o desempenho na captação no terceiro trimestre de 2025, juntamente com a gestão da dívida e o início do ciclo de cortes de juros, deve resultar em revisões positivas para os lucros em um horizonte mais curto. Contudo, a intensidade dos efeitos das novas regras regulatórias deverá aumentar a partir do segundo semestre de 2026.

Impactos das novas regulamentações

Ainda que o banco mantenha uma visão negativa sobre o impacto das regulamentações, sua implementação gradual pode adiar os efeitos mais severos. As novas modalidades de ensino, incluindo presencial, híbrido e educação a distância, entrarão em vigor em setembro de 2025. Entretanto, o impacto no ciclo do terceiro trimestre de 2025 será mínimo, já que as matrículas estavam quase concluídas. Portanto, os efeitos mais significativos devem emergir no primeiro trimestre de 2026.

De acordo com as estimativas do banco, os custos relacionados às novas regras também devem aumentar gradualmente, com a adesão total prevista para meados de 2027. Em simulações anteriores, o Morgan Stanley calculou que o impacto regulatório poderia provocar uma redução de até 30% no EBITDA de 2025 das empresas, caso as mudanças fossem aplicadas abruptamente.

Expectativas futuras

Embora as projeções operacionais permaneçam em grande parte inalteradas, o Morgan Stanley decidiu aumentar suas expectativas para o lucro por ação das empresas. Essa alteração reflete menores spreads de dívida e uma redução na alavancagem. As despesas financeiras também estão apresentando uma tendência de queda ou estabilidade em comparação com o ano anterior.

A reprecificação dos múltiplos no início de 2025 sugere que o valor das ações continua a ser sustentado por revisões positivas nos lucros. Isso pode até levar a uma diluição do P/L (preço sobre lucro), criando espaço para uma reavaliação futura. Os analistas do banco destacam que a confirmação do ciclo de cortes na Selic poderá atrair fluxos significativos para o mercado de ações, especialmente em um momento em que a alocação em renda variável encontra-se em níveis historicamente baixos.

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Perspectivas de correção no mercado financeiro e impacto das ações