As possibilidades futuras do metaverso são supostamente ilimitadas, mas há algo que você possa fazer no metaverso agora?
O metaverso é muitas vezes formulado em termos tão futuristas que é difícil entender como se pode se envolver nele hoje. Mas a verdade é que mundos metaversos existem há décadas, e é possível que você já tenha experimentado alguns deles sem necessariamente estar ciente deles.
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O que é o metaverso mesmo?
Baseando-se na estrutura do capitalista de risco Matthew Ball, o metaverso é um mundo on-line persistente que borra as linhas de realidade e realidade virtual.
Muito mais do que um jogo de Call of Duty, o metaverso refere-se a um mundo online 24 horas por dia, 7 horas por dia, 7% habitada por economias que incentivam uma nova rede de criadores e provedores de infraestrutura. Basicamente, essa economia gira em torno de recursos de jogos interoperáveis. Esse conceito difere muito dos “jardins murados” – ecossistemas fechados – aos quais estamos acostumados hoje; Ball fornece o exemplo de uma pele para uma arma CounterStrike que poderia ser facilmente transformada em uma decoração para uma arma de fortnite.
Enquanto o Meta de Mark Zuckerberg (anteriormente do Facebook) tem suas próprias ideias sobre o metaverso, a comunidade de criptomoedas acha que a tecnologia blockchain é perfeita para este novo mundo online. Jogos cripto como o Sandbox e o Decentraland oferecem os primeiros vislumbres de como uma economia baseada em criadores, cripto e NFT pode funcionar. Então, aqui está o que você pode fazer no metaverso hoje.
Construir, explorar e jogar em mundos virtuais
Jogos como Minecraft e Roblox proporcionaram experiências semelhantes a metaversos durante a maior parte de uma década; tanto Second Life quanto Eve Online estão vivos e bem desde 2003, e World of Warcraft ganhou vida em 2004.
Second Life é um dos análogos metaversos mais próximos devido à sua economia orientada por criadores e ao vasto mundo da caixa de areia. Você pode fazer o que quiser em Second Life, e algumas pessoas foram documentadas para passar suas vidas no jogo, vivendo fora da terra virtual, coletando a moeda do jogo no jogo, dólares linden, e participando de eventos.
Em 2020, jogos cripto como O Sandbox e Decentraland estão inclinando a economia dos videogames adicionando ativos digitais ao mix. Você não só pode importar seus tokens não fungíveis (NFTs) em jogos e comprar terras virtuais, mas também pode usar tokens de governança fungível de jogos para ajustar os parâmetros do mundo virtual que você habita, explorará e construirá.
Ambos são alimentados por criptomoedas: o Sandbox usa tokens de SAND fungível como moeda no jogo e usa NFT para representar parcelas de terra e outros itens nativos no jogo, os tipos de recursos que decoram seu avatar, e a Decentraland tem tokens MANA fungíveis e equivalentes não fungíveis para recursos virtuais.
Para criar contas, você só precisa conectar uma carteira cripto como metaMask. No entanto, em Decentraland você pode jogar como um convidado sem conectar uma carteira cripto. O Sandbox está tecnicamente em alpha (fase de testes), e a primeira temporada está fechada, então você não pode jogá-lo até que Alpha Season 2 seja lançado, data da qual não foi confirmada.
Criptoeconomia à parte, esses jogos funcionam como qualquer outro jogo de sandbox. Você pode percorrer os respectivos mundos virtuais de jogos, sair com marcas e celebridades que estão correndo para pegar o mercado. Em espaços virtuais, como shoppingcenters, galerias de arte ou praças, você pode caminhar e conversar com as pessoas, jogar jogos, construir casas ou participar de eventos. A Decentraland também sedia seus próprios festivais de música. Infelizmente, apesar dos avanços nos gráficos modernos de jogos de computador, muitos desses jogos mais novos não parecem melhores do que os da segunda vida em 2003. Mas a magia é, pelo menos em teoria, nas relações que você pode forjar com seus irmãos virtuais.
Conheça pessoas de qualquer lugar para trabalhar ou brincar
Há muitos espaços de encontro no metaverso. Embora você certamente possa se reunir em enormes mundos abertos como o Sandbox e o Decentraland, você também pode jogar com salas personalizadas em plataformas como a Spatial. Esses aplicativos são construídos especificamente para eventos, conferências e reuniões. Você pode fazer login no Spatial com um login da Web 2 como o Google ou com um login da Web 3 como metaMask. Os mundos virtuais da Espacial são separados em salas; você pode visitar quartos pré-construídos ou criar o seu próprio. As galerias espaciais suportam NFTs. Você pode navegar pelo mundo do Spatial no celular, Steam, um navegador ou através de um fone de ouvido Oculus VR.
A realidade virtual é forte em um dos critérios de Ball para o metaverso: presença. Coloque um fone de ouvido VR, como um HTC Vive, Valve Index ou Meta (antigo Oculus) Quest, e lance no ciberespaço. Meta (anteriormente Facebook) está construindo um hub social para seus fones de ouvido VR, e o software VR da Steam vem pré-instalado com uma casa virtual. Jogos como VR Chat são pré-datados por cripto e permitem que você entre em salas cheias de outras pessoas usando fones de ouvido VR, vestidas em qualquer avatar que preferirem.
Empresas como metaHub estão criando hangouts virtuais para conferências e eventos corporativos, e a Decentraland sediou seu primeiro festival de música em 2021, embora os artistas estivessem fazendo isso em Second Life muito antes de ser legal. Sair é onde os limites do metaverso podem começar a embaçar e o spiel de marketing começa a se desvendar.
O Zoom é uma parte fundamental do metaverso por causa de sua experiência em conectar locais de trabalho e desencadear uma revolução no trabalho de casa? Ou é, como Mark Zuckerberg mencionou em sua palestra meta, uma alternativa pouco convincente à realidade que substitui a interação presencial por fileiras de rostos nas telas?
Crie um avatar 3D que se pareça com você… ou não.
Seu avatar é uma parte importante de sua identidade metaversa. Para alguns, NFTs com fotos de perfil como CryptoPunks ou bored bee Yacht Club são suficientes para Discord e Twitter, principalmente plataformas baseadas em texto onde uma imagem 2D é boa o suficiente. Para reinos 3D, aplicativos como Ready Player Me oferecem identidades digitais compostáveis que, segundo ele, podem ser usadas em 1.330 aplicativos e jogos, incluindo RTFKT da Nike, Somnium Space e VR Chat. Você também pode comprar um tênis NFT da RTFKT ou um avatar de seu próximo “projeto Avatar”, embora não esteja claro quais jogos permitirão que você “use” eles.
No Somnium Space, um mundo aberto de realidade virtual baseado em Ethereum semelhante ao Decentraland, você pode importar um avatar Ready Player Me criado a partir de nada mais do que uma selfie. Seguindo a estrutura do Ball, isso atende aos critérios de interoperabilidade: a capacidade de levar seus ativos digitais com você, independentemente da plataforma ou aplicativo que você está usando.
Invista em terras virtuais, NFT ou tokens
Claro, se você ainda não está interessado em se separar da realidade, você sempre pode investir em mundos virtuais vibrantes. Há muitas maneiras de fazer isso. Você pode investir em gotas de avatar nft, como as oferecidas pela Nike ou Adidas. Você pode especular sobre terrenos virtuais ou itens no jogo, como os oferecidos na Axie Infinity, Decentraland e The Sandbox.
Você também pode investir nos tokens fungíveis oferecidos por esses jogos, que funcionam como moeda no jogo. Se você não tem certeza em qual token investir, você sempre pode investir em um fundo de índice metaverso, como o Índice Metaverso (MVI) oferecido pela Index Coop. O MVI reequilibra seu portfólio de acordo com as maiores moedas metaversas do dia.
Se a criptografia não é o seu negócio, você pode investir no capital das empresas de realidade virtual e metaversos. A Meta é uma empresa que aposta muito no futuro da realidade virtual e aumentada: um analista da Seeking Alpha estima que a empresa terá gasto US$ 70 bilhões no conceito entre 2014 e 2023. Ações de realidade virtual e metaverso, bem como investimento privado, também estão na mesa.
