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Fediverso: A Revolução das Redes Sociais Abertas e Descentralizadas

A capital do Brasil será o palco de um evento inovador, o 1º WebSocialBR, que ocorrerá no dia 3 de abril na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Este fórum, focado no fediverso, reunirá especialistas, gestores e administradores de comunidades digitais para discutir o crescimento das redes sociais abertas e federadas, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com a organização da Alquimídia, a iniciativa busca fomentar a adoção de tecnologias descentralizadas que utilizam protocolos semelhantes aos das criptomoedas. Essa arquitetura permite a interconexão entre diferentes plataformas sem a necessidade de um servidor central, o que contrasta fortemente com as redes sociais tradicionais, geralmente controladas por grandes corporações.

O que é o fediverso?

O fediverso é um conjunto de redes sociais interconectadas que operam sob princípios de descentralização e código aberto. Essa abordagem permite que os usuários criem suas próprias plataformas ou se juntem a instâncias existentes, interagindo livremente entre si, independentemente da rede escolhida. Imagine poder se conectar com amigos no Facebook e no Instagram a partir de uma única conta em uma plataforma federada.

Como funciona a interconectividade

A estrutura do fediverso é semelhante aos serviços de e-mail, onde é possível enviar mensagens de diferentes provedores. Os usuários são identificados por um formato que inclui o domínio da instância, como em um e-mail. Por exemplo, ao buscar por um usuário, a identificação seria @usuario@dominio. Essa interconectividade permite que comunidades se formem e se protejam mutuamente, escolhendo com quais instâncias desejam se conectar.

O evento e sua importância para o Brasil

O encontro no MCTI, que conta com o apoio de várias entidades governamentais, visa criar um espaço de diálogo sobre a importância das redes sociais abertas para a soberania digital do Brasil. Segundo Thiago Skárnio, coordenador da Alquimídia, o foco do evento é apresentar as tecnologias do fediverso aos gestores públicos, incentivando a criação de políticas que promovam sua adoção.

Entre os participantes confirmados, destacam-se nomes relevantes da gestão da internet brasileira, como Renata Mielli e Marco Konopacki, que discutirão o papel do Estado na era digital. Além disso, convidados internacionais, como Evan Prodromou, co-criador do protocolo ActivityPub, participarão virtualmente, trazendo perspectivas globais sobre o tema.

Lançamento de material educativo

O evento também será o palco para o lançamento de um guia digital voltado para a introdução ao fediverso, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Este material fornecerá um tutorial prático sobre como utilizar a plataforma Mastodon, uma das principais opções disponíveis no fediverso.

Desafios e oportunidades no fediverso

Apesar das promessas do fediverso, existem desafios a serem enfrentados, como a gestão colaborativa e a infraestrutura necessária para suportar essas redes. O Brasil tem o potencial de liderar essa transformação na América Latina, mas hesita em adotar esse novo modelo. O fediverso representa uma alternativa viável ao que muitos consideram o tecnofeudalismo imposto pelas grandes empresas de tecnologia.

À medida que o evento se aproxima, a expectativa é que mais pessoas se engajem na discussão sobre a importância da descentralização. O público poderá acompanhar as mesas de debate tanto presencialmente quanto online, com inscrições gratuitas. Durante a transmissão, haverá um espaço para interação através de um chat aberto, permitindo que a audiência faça perguntas e participe ativamente do evento.