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Como a crise de 2008 moldou o futuro do fintech e suas implicações

Na minha experiência no Deutsche Bank, presenciei diversos ciclos econômicos. No entanto, nenhum teve um impacto tão profundo quanto a crise financeira de 2008. Recentemente, os dados da BCE indicam que o setor fintech está crescendo a um ritmo de 20% ao ano. Este crescimento, embora promissor, levanta questões sobre a sustentabilidade dessas inovações.

Quem atua na área sabe que crises proporcionam oportunidades únicas de aprendizado. A crise de 2008 expôs as vulnerabilidades dos modelos de negócios tradicionais, levando muitos a buscarem soluções mais ágeis e seguras.

Atualmente, o fintech se apresenta como uma resposta a essas dificuldades, mas é crucial avaliar se realmente estamos aprendendo com as experiências passadas.

Os números falam claro: segundo McKinsey Financial Services, as empresas fintech registraram um aumento de 30% na adoção de serviços digitais em comparação a 2020. Contudo, é crucial considerar que esse crescimento deve ser acompanhado por uma liquidez adequada e por medidas de compliance mais rigorosas.

As implicações regulatórias são outro aspecto fundamental. A FCA já expressou preocupações sobre a falta de transparência em algumas operações fintech. É imperativo que as empresas do setor não apenas inovem, mas o façam respeitando as normas vigentes, para evitar cenários semelhantes aos da crise de 2008.

Embora o panorama fintech continue a evoluir, as lições da crise de 2008 devem permanecer vivas na mente de quem atua no setor. Com o aumento constante de investimentos e a adoção crescente de serviços digitais, as perspectivas de mercado são promissoras. Contudo, a cautela e a responsabilidade continuam a ser essenciais para garantir um futuro sustentável.

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