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XP intensifica a supervisão dos consultores de investimento para maior segurança financeira

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A XP Investimentos, uma das maiores instituições financeiras do Brasil, adotou uma abordagem mais rigorosa para controlar seus assessores e consultores de investimento. Segundo Gustavo Pires, sócio e diretor da empresa, essa mudança visa assegurar que, apesar da liberdade que os gerentes possuem para conduzir seus negócios, eles devem operar dentro de um conjunto definido de métricas.

Quando a XP foi fundada, os assessores eram incentivados a administrar suas operações de maneira autônoma. No entanto, com o crescimento da empresa e a complexidade do mercado, tornou-se evidente a necessidade de um controle mais estruturado. A nova abordagem não apenas protege a empresa, mas também os investidores que confiam seus recursos aos assessores.

O papel da conformidade e auditoria

A XP oferece ativos de instituições como o Banco Master, seguindo rigorosos padrões de conformidade regulatória, auditoria externa e classificação por agências de rating. Pires destacou que essa estrutura é essencial para garantir a confiança dos investidores. “O tripé da conformidade, auditoria e rating é crucial para a saúde financeira dos ativos que oferecemos”, afirmou.

Embora informações negativas tenham surgido na mídia, a XP não poderia simplesmente descontinuar a oferta de ativos do Banco Master, pois isso poderia gerar pânico generalizado. Para Pires, a empresa tinha o dever de manter a distribuição, uma vez que não houve intervenções significativas do Banco Central ou problemas de classificação de risco nos últimos meses.

Desafios regulatórios e o papel do FGC

Um dos desafios enfrentados pela XP é a legislação que protege o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Pires enfatizou que interromper a distribuição apenas por especulações é crime. Portanto, a XP deve equilibrar suas decisões com a realidade do mercado, o que exige um acompanhamento contínuo das métricas de risco.

A exposição dos clientes da XP em relação aos ativos do Banco Master é significativa, totalizando cerca de R$ 35 bilhões. Pires explica que a remuneração oferecida aos investidores está em linha com o que é comum no setor, embora a distribuição de títulos de crédito corporativo seja mais vantajosa financeiramente. Isso ressalta a importância de um gerenciamento eficaz e responsável dos investimentos.

Inovações na metodologia de alocação

A XP está constantemente aprimorando suas ferramentas de risco. Artur Wichmann, o executivo-chefe de investimentos (CIO), mencionou que a metodologia de alocação da empresa tem servido como um guia para os mais de 18 mil assessores. Essa nova estrutura permite uma personalização mais eficaz dos portfólios, oferecendo várias opções conforme o perfil dos investidores.

Os comitês mensais geram um mapa de distribuição que orienta os assessores na seleção dos melhores ativos. A flexibilidade desse sistema possibilita a criação de até 12 milhões de portfólios, cada um adaptado às necessidades e preferências dos clientes. Wichmann ressaltou que, embora algumas assessorias realizem curadorias, a participação dos executivos da XP nos comitês de investimento é comum e benéfica.

Impacto das mudanças na cultura empresarial

A implementação dessas novas diretrizes representa uma transformação significativa na cultura da XP. Pires concluiu que, embora anteriormente a empresa incentivasse a autonomia dos assessores, a experiência acumulada demonstrou que regras mais claras são necessárias para garantir a integridade do processo de investimento. Este movimento reflete uma mudança na forma como a XP percebe sua responsabilidade em relação aos clientes e ao mercado.

Além disso, a utilização de tecnologias avançadas e ferramentas de CRM permite que os assessores mantenham contato próximo com seus clientes, garantindo que as alocações permaneçam alinhadas com o perfil de risco de cada investidor. Essa abordagem não só melhora a experiência do cliente, mas também fortalece a posição da XP como líder no setor financeiro.

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