No fechamento do terceiro trimestre de 2025, a XP Asset apresentou uma análise alentadora sobre o setor imobiliário brasileiro. Esse setor se destacou pela sua resiliência em um cenário global marcado por instabilidade e taxas de juros elevadas. O gestor Evandro Santos ressaltou que, apesar das incertezas no comércio internacional e do crescimento das economias, “os ativos de risco têm mostrado resultados impressionantes, e o mercado imobiliário no Brasil continua surpreendentemente robusto”.
Esse período foi marcado por tensões geopolíticas e debates sobre uma possível bolha nas empresas de tecnologia, especialmente impulsionadas por inovações em inteligência artificial. Contudo, a XP Asset se mantém otimista, principalmente ao analisar a performance de seus fundos de crédito imobiliário.
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Resultados do Maxi Renda e novas iniciativas
Maxi Renda: Resultados Impressionantes e Liquidez Notável
O gestor André Masetti apresentou recentemente os resultados do Maxi Renda (MXRF11), que se firmou como um dos principais fundos de crédito imobiliário da XP. Com um patrimônio líquido que alcança impressionantes R$ 4,1 bilhões e mais de 1,3 milhão de cotistas, o Maxi Renda destaca-se por ser o fundo com o maior número de investidores na B3. Durante o último trimestre, a distribuição de dividendos foi de R$ 0,30 por cota, resultando em um dividend yield anualizado de 15,45%. Este desempenho chama a atenção: como um fundo consegue atrair tantos investidores?
Masetti também ressaltou a liquidez do Maxi, que realiza mais de R$ 10 milhões em transações diariamente. O portfólio do fundo é diversificado, apresentando 77% em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), 15% em fundos imobiliários, 7% em permutas financeiras e 1% em caixa. Essa distribuição resulta em uma rentabilidade média de IPCA + 10,4%. Diante de tais números, não é surpreendente o crescente interesse por esse fundo. Qual será o próximo passo para manter essa trajetória de sucesso?
Investimentos Estratégicos
Recentemente, o gestor destacou a aquisição do CRI JK Square, que se concentra em lajes corporativas de alto padrão em São Paulo. Além disso, mencionou o CRI Flor do Sol, voltado para o setor residencial. No que diz respeito aos Fundos Imobiliários, o Maxi Renda aumentou suas participações em ativos como LPLP11, XPHR11 e GARI11, sendo este último uma adição significativa deste trimestre.
Desempenho do mercado imobiliário e novas perspectivas
Em São Paulo, considerado o principal termômetro do setor imobiliário, o volume de vendas continua aquecido. Diciamoci a verdade: nos últimos 12 meses, foram vendidos mais de 120 mil imóveis, e praticamente todos os lançamentos estão sendo absorvidos pelo mercado. Essa dinâmica levou a XP Asset a lançar um novo fundo de investimento chamado XB Habitat Senior SUV, com um patrimônio inicial de R$ 600 milhões, focando em operações de crédito imobiliário.
Além disso, o trimestre também foi marcado por emissões significativas e novos investimentos em lajes corporativas e projetos residenciais. Enquanto todos fazem finta de que o cenário é incerto, estamos investindo em nomes respeitados como Flor do Sol Urbanismo, KSM e JK Square, que é um dos projetos corporativos mais sofisticados de São Paulo, afirmou o gestor.
Impacto das taxas de juros e políticas fiscais
O recuo da taxa de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos — o primeiro movimento desse tipo após um prolongado ciclo de alta — foi destacado como um fator que ajudou a estabilizar os mercados de risco. Porém, a realidade no Brasil continua desafiadora, com a taxa Selic em torno de 15%, o que limita a possibilidade de cortes em breve.
Apesar desse cenário, as políticas fiscais do governo brasileiro têm proporcionado um impulso à economia. Evandro mencionou a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais, um benefício que pode impactar até 30 milhões de brasileiros. “Diciamoci la verità: de um lado, os juros permanecem altos; de outro, há uma liberação de renda para consumo. É um clássico exemplo de apertar de um lado e soltar do outro”, comentou.
Expectativas para o futuro
Vamos ser sinceros: mesmo com a pressão das altas taxas de juros, o mercado imobiliário brasileiro se mostra resiliente, especialmente nos segmentos voltados para a população de baixa renda. O programa Minha Casa Minha Vida continua a ser um motor essencial de vendas, agora com ajustes que ampliam as faixas de renda e os limites de preço dos imóveis. A introdução de uma nova faixa de até R$ 500 mil para famílias com renda de até R$ 12 mil foi um fator que deu ainda mais força ao setor.
Enquanto isso, os gestores da XP reafirmam sua confiança na continuidade do crescimento do setor imobiliário e nas oportunidades de investimento. Eles afirmam: “O mercado permanece sólido, com fundamentos saudáveis e uma demanda consistente. Estamos atentos, mas otimistas em relação à força do crédito imobiliário no Brasil.” Será que essa confiança se refletirá em novos investimentos? O tempo dirá.
