No segundo trimestre de 2025, a Usiminas (USIM5), uma das grandes referências na produção e comercialização de aços planos no Brasil, divulgou resultados que acenderam um sinal de alerta entre os investidores. Com um EBITDA de R$ 408 milhões, a empresa enfrentou uma queda alarmante de 44,34% em relação ao trimestre anterior, refletindo um cenário de mercado em franca deterioração. Mas o que realmente está por trás dessa queda? Vamos explorar as causas e as possíveis implicações para o futuro da empresa e de seus acionistas.
Desempenho financeiro e suas causas
A Usiminas apontou como responsável pela sua performance insatisfatória o agravamento das condições no mercado de aços planos, que se deteriorou rapidamente neste último trimestre. Um dos fatores críticos foi o aumento recorde nas importações de aço, que alcançaram impressionantes 1,2 milhão de toneladas. Este fluxo intenso de importações, especialmente de aço chinês, pressionou os preços internos, criando um ambiente desafiador para a empresa. Você já parou para pensar como a concorrência externa pode impactar diretamente os nossos mercados?
Quando olhamos para o desempenho da Usiminas em comparação com outras empresas do setor, fica claro que não se destacou como uma opção atraente para investidores de longo prazo. Segundo a análise de Leonardo Andreoli, analista da Hike Capital, quem investiu R$ 10 mil nas ações da Usiminas há 20 anos teria visto seu investimento encolher para apenas R$ 4.926,80, uma perda de 51%. E a situação não melhora: em um período de 15 anos, esse valor caiu para R$ 1.615,35. Para completar, mesmo em horizontes mais curtos, como um ou cinco anos, o desempenho foi negativo, exceto em um intervalo de 10 anos, onde o rendimento foi de apenas 7%. É de se perguntar: vale a pena continuar investindo nessa empresa?
Desafios enfrentados pela Usiminas
O relatório do UBS BB revela que as ações da Usiminas estão sendo negociadas a aproximadamente 0,3 vezes seu valor patrimonial (P/VPA), um claro reflexo dos diversos desafios que a empresa enfrentou ao longo dos últimos 15 anos. A feroz concorrência com o aço importado, especialmente da China, continua sendo um dos principais obstáculos. Mesmo com a implementação de uma tarifa de importação de 25% no ano passado, a Usiminas não conseguiu eliminar completamente a pressão sobre seus preços. O que mais será necessário para reverter essa situação?
Além disso, a Usiminas passou por sérias dificuldades financeiras nos últimos anos, chegando a flertar com a falência em determinados momentos. Essa situação expôs a necessidade urgente de estratégias robustas para navegar em um mercado tão competitivo e volátil. O Goldman Sachs, apesar da recente valorização das ações e uma leve melhora nos lucros, ainda vê um futuro incerto para a empresa. Eles citam desafios cíclicos e estruturais que precisam ser abordados. Será que a empresa conseguirá se reinventar?
Perspectivas para investidores
As perspectivas para os investidores em Usiminas são cautelosas, especialmente em um cenário onde a concorrência das exportações chinesas continua a ser uma ameaça significativa. Portanto, os investidores devem considerar não apenas os resultados financeiros recentes, mas também a capacidade da empresa de se adaptar às novas condições de mercado e implementar estratégias eficazes para reverter sua trajetória de queda. É o momento de refletir: a Usiminas tem o que é preciso para se recuperar?
Monitorar indicadores-chave de desempenho (KPIs) será crucial para entender a evolução da Usiminas. Esses KPIs incluem a comparação de EBITDA ao longo do tempo, a análise do P/VPA e a resposta do preço das ações às condições do mercado e às políticas de importação. A vigilância sobre esses fatores ajudará os investidores a tomar decisões mais informadas sobre suas posições na empresa. Estás pronto para acompanhar de perto essas métricas?