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Tether sofre rebaixamento pela S&P e CEO responde a críticas das agências de rating

A Tether, conhecida como USDT, enfrenta uma onda de críticas após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixar sua nota para o nível mais baixo, 5. Esse rebaixamento gerou reações significativas, especialmente do CEO da empresa, Paolo Ardoino, que se manifestou contra a avaliação da S&P, reafirmando a solidez de sua stablecoin.

Com mais de uma década de atuação no mercado, a Tether sempre se destacou como a maior stablecoin do setor.

No entanto, as preocupações expressas pela S&P incluem a gestão das reservas e a crescente exposição a ativos considerados de alto risco. A situação levanta questionamentos sobre a viabilidade da paridade de 1:1 com o dólar americano, um dos principais atributos valorizados pelas stablecoins.

Rebaixamento e suas implicações

O rebaixamento da Tether para uma nota de 5 pela S&P reflete o aumento da exposição a ativos de risco nas reservas da stablecoin. A análise da S&P revelou que a participação do Bitcoin nas reservas da Tether subiu para 5,6%, ultrapassando o limite considerado seguro de 3,9%. Esse aumento na exposição a criptomoedas voláteis levanta preocupações sobre a capacidade da Tether de manter sua estabilidade em períodos de crise no mercado financeiro.

Os riscos associados

A S&P destacou que uma queda significativa no valor do Bitcoin ou de outros ativos de risco poderia levar a Tether a uma situação de subcapitalização. Isso significa que, em caso de desvalorização, a Tether poderia não dispor de reservas suficientes para garantir que cada unidade de USDT continue respaldada por um dólar americano. Além disso, a agência ressaltou a falta de transparência nas informações sobre a gestão das reservas, aumentando a desconfiança dos investidores.

Resposta de Paolo Ardoino

Logo após a divulgação do rebaixamento, Paolo Ardoino utilizou as redes sociais para criticar o modelo de avaliação das agências de rating. Ele argumentou que esses modelos tradicionais têm levado investidores a confiar em empresas que, mesmo com altas classificações, acabaram colapsando financeiramente. Ardoino defendeu que a Tether se orgulha de ser uma empresa sólida, sem a presença de reservas tóxicas, ressaltando que sua estrutura financeira é robusta.

O impacto das críticas

Ardoino também comentou que a máquina de propaganda das finanças tradicionais se sente ameaçada quando empresas fora do sistema convencional desafiam suas normas. Ele se posicionou como um defensor da inovação no setor financeiro, afirmando que a Tether é um exemplo de como o sistema financeiro tradicional está em transformação. O CEO insinuou que a resistência à mudança é um sinal de que as agências de rating estão perdendo relevância no novo contexto econômico.

O histórico da Tether em tempos de crise

Apesar das críticas e do rebaixamento, a Tether tem um histórico notável de estabilidade durante crises no setor de criptomoedas. A stablecoin conseguiu manter sua paridade em momentos de turbulência, como a falência da FTX e a recente crise bancária nos Estados Unidos. Segundo Ardoino, esse desempenho é uma prova da resiliência e da solidez da Tether, mesmo sob pressão.

A Tether enfrenta um momento desafiador com o rebaixamento da S&P. No entanto, a resposta firme de seu CEO reflete uma determinação em continuar a inovar e desafiar as normas do setor financeiro tradicional. O futuro da Tether e das stablecoins em geral dependerá de sua capacidade de adaptação e da gestão dos riscos associados a ativos voláteis.

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