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Por que diversificar sua carteira com ativos em dólar é essencial

Num mundo econômico que parece mudar a todo instante, diversificar a moeda em que investimos é mais do que uma escolha; é uma estratégia essencial para quem quer proteger seus ativos e potencializar os retornos. Recentemente, o desempenho do dólar frente ao real, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), nos mostra como as flutuações cambiais podem influenciar a rentabilidade dos fundos cambiais e a importância de reavaliar nossas carteiras de investimento.

A instabilidade do câmbio e seus efeitos nos investimentos

Os números de agosto falam por si: os fundos cambiais enfrentaram saídas expressivas, resultando em um saldo negativo de R$ 88,9 milhões. O que está por trás desse fenômeno? A desvalorização do dólar, que recuou cerca de 11% em relação ao real ao longo de 2024. Mauro Orefice, portfólio manager da B.Side Investimentos, destaca que a má performance desses fundos está intimamente ligada à variação cambial. Quando a moeda americana perde valor, é natural que os fundos que dependem dela também enfrentem dificuldades.

Mas nem tudo está perdido! Ao olharmos para um período mais longo, notamos que a captação anual desses fundos ainda é positiva, o que indica que, apesar das adversidades momentâneas, existem oportunidades à vista. Luciano Rais, da Santander Asset Management, sugere que este é um ótimo momento para recalibrar a nossa carteira de investimentos, especialmente para aqueles que desejam uma exposição mais equilibrada ao dólar.

O cenário atual e a necessidade de diversificação

Com a valorização do real e a expectativa de que o dólar continue fraco em comparação a outras moedas, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes, a ideia de diversificação cambial se torna ainda mais relevante. Daniel Miari, CMO da INCO Investimentos, aponta que a conscientização da população sobre os riscos de depender de uma única moeda está crescendo, especialmente após a alta abrupta do dólar no final de 2024. Essa instabilidade econômica traz incertezas que exigem uma diversificação mais robusta nos portfólios.

A Nomad, famosa por suas contas digitais, também se junta a essa conversa ao apresentar o Índice Nomad de Diversificação Internacional (Indi), que sugere uma alocação ideal de 60% de ativos globais em carteiras arriscadas. Essa métrica é uma ferramenta valiosa para os investidores que buscam entender como equilibrar suas exposições ao risco em um ambiente tão incerto.

Como implementar uma estratégia de diversificação cambial

Para aqueles que desejam integrar a diversificação cambial em suas estratégias, é fundamental saber como alocar adequadamente os recursos. O primeiro passo é avaliar a porcentagem do portfólio que deve estar vinculada ao dólar, levando em conta fatores como a tolerância ao risco e os objetivos financeiros de longo prazo.

Além dos fundos cambiais, existem outras opções de investimento em dólar, como títulos de dívida emitidos em moeda forte e ações de empresas que atuam internacionalmente. Essas alternativas permitem que os investidores capitalizem sobre a valorização do dólar, mesmo em tempos de instabilidade no mercado brasileiro.

Por último, mas não menos importante, é essencial acompanhar indicadores-chave de desempenho (KPIs) que ajudem a mensurar a eficácia da estratégia de diversificação. Métricas como a variação do capital investido, a performance em relação à inflação e a correlação com outros ativos devem ser monitoradas constantemente, garantindo que a alocação de ativos esteja sempre alinhada às metas de crescimento e segurança financeira.