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Morgan Stanley revisa recomendações de ações com foco em Cogna e Yduqs

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No cenário econômico atual, o Morgan Stanley mantém uma perspectiva animadora para o terceiro trimestre e antecipa um ciclo de afrouxamento monetário. No entanto, a instituição expressa preocupações em relação aos riscos regulatórios que podem surgir a longo prazo.

Com base nesse contexto, o banco decidiu alterar sua recomendação para as ações da Cogna (COGN3), elevando de underweight para equal-weight, o que reflete uma exposição que se alinha à média do mercado. Essa mudança se deve ao desempenho promissor dos lucros da empresa, que se traduz em catalisadores positivos no curto prazo, ajudando a mitigar as preocupações relacionadas às regulamentações futuras. O preço-alvo para as ações da Cogna foi atualizado de R$ 2,90 para R$ 4,00.

Revisão das ações da Yduqs

Por outro lado, o Morgan Stanley fez um movimento contrário em relação à Yduqs (YDUQ3), rebaixando sua recomendação de equal-weight para underweight. O novo preço-alvo foi ajustado de R$ 15,50 para R$ 14,00, com a justificativa de que a empresa enfrenta margens fracas e dificuldades para atingir suas metas de lucro por ação, além de gerar caixa. A análise do banco enfatiza sua preferência por Cogna em comparação a Yduqs, especialmente no curto prazo.

Desempenho das ações na abertura do mercado

No início das negociações do dia 5 de abril, as ações da Yduqs apresentavam queda de 4,02%, atingindo R$ 13,37, enquanto as da Cogna subiam 0,80%, alcançando R$ 3,79. Esses movimentos refletem as novas diretrizes do banco e a resposta do mercado às suas recomendações.

Expectativas e setores promissores

Olhando para o futuro, o Morgan Stanley destaca suas preferências por Ânima (ANIM3) e Ser Educacional (SEER3), ambas recebendo a recomendação de overweight. Essas escolhas são fundamentadas em bons resultados financeiros, sensibilidade a juros e a perspectiva de proteção contra mudanças regulatórias. Os preços-alvo para essas ações foram definidos em R$ 5,50 e R$ 14,50, respectivamente.

O banco acredita que o desempenho positivo na captação de novos alunos no terceiro trimestre, juntamente com uma gestão eficaz da dívida e o início do ciclo de cortes de juros, sustentarão revisões favoráveis nos lucros a curto prazo. Contudo, as novas regras regulatórias devem começar a impactar o setor em um futuro próximo.

Impacto das novas regras e expectativas de matrícula

Embora o Morgan Stanley mantenha uma visão pessimista sobre a regulamentação, a instituição postula que seus efeitos se manifestarão gradualmente, devido à implementação faseada. As novas modalidades de ensino, que incluem o presencial, híbrido e EAD, entrarão em vigor em breve e, por enquanto, tiveram impacto limitado nas matrículas, já que o processo de inscrição estava quase completo. Portanto, a expectativa é que os efeitos das novas normas comecem a aparecer no primeiro trimestre após a implementação.

Segundo as simulações realizadas, o banco estima que a regulamentação possa reduzir até 30% do EBITDA das empresas, caso as medidas sejam aplicadas abruptamente. Mesmo assim, o Morgan Stanley adota uma postura otimista, considerando os catalisadores positivos esperados nos próximos meses.

O banco prevê um aumento significativo nas novas matrículas, impulsionado por uma demanda resiliente e campanhas promocionais que anunciam uma “última chance” antes da implementação das novas regras. As instituições estão adotando políticas de preços mais competitivas no modelo EAD, especialmente para os cursos que estão migrando para o modelo híbrido ou que estão prestes a ser descontinuados.

Perspectivas de mercado e influência das taxas de juros

Embora as expectativas em relação à Selic já estejam refletidas nas projeções de mercado, os estrategistas do Morgan Stanley acreditam que a confirmação de um ciclo de cortes pode atrair investimentos mais robustos para o mercado de ações. Este movimento é especialmente relevante em um cenário onde a alocação em ações está em níveis historicamente baixos, tradicionalmente ligada à taxa Selic.

Adicionalmente, uma potencial eleição presidencial com viés a favor do mercado poderia fornecer um suporte adicional às ações mais sensíveis às variações nas taxas de juros, caso as taxas de longo prazo também comecem a recuar — um cenário que ainda não está precificado no mercado.

Embora as projeções operacionais em geral permaneçam inalteradas, o Morgan Stanley elevou as estimativas de lucro por ação para a maior parte das empresas analisadas, refletindo a redução nos spreads de dívida e a diminuição do endividamento. As despesas financeiras também estão apresentando uma tendência de queda ou estabilização em relação ao período anterior.

“Após a reavaliação dos múltiplos no início do período, os preços das ações continuam a ser sustentados por revisões positivas nos lucros, o que pode ter gerado uma certa diluição do P/L (preço sobre lucro), abrindo espaço para uma nova valorização no futuro”, afirmam os analistas do banco.

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