No último domingo, dia 23, a Polícia Militar do Rio de Janeiro realizou uma operação na região de Campos dos Goytacazes, resultando na descoberta de uma central de mineração de criptomoedas. Esta ação visava, principalmente, combater o tráfico de drogas em uma área conhecida localmente como Suvaco de Cobra, famosa por suas atividades ilícitas.
Durante a operação, os agentes não apenas apreenderam drogas, mas também desmantelaram instalações que utilizavam energia elétrica de forma clandestina.
A ação, que faz parte da RENOVE (Rede Nacional de Operações Ostensivas Especializadas), contou com a participação de equipes especializadas, destacando a complexidade das atividades a serem enfrentadas.
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Descoberta da central de mineração
Por volta das 10h30, policiais realizaram uma operação em uma residência no bairro Eldorado. No local, encontraram uma impressionante configuração de equipamentos de mineração. O espaço era equipado com uma série de computadores interligados, operando em um ambiente refrigerado, indicando uma operação em larga escala. No entanto, surpreendentemente, não havia ninguém presente, o que suscita questões sobre a gestão e supervisão dessa atividade.
Roubo de energia e atividades ilegais
Os equipamentos de mineração estavam conectados à rede elétrica de maneira ilícita. Um total de 16 cabos se ligavam diretamente ao quadro elétrico da residência, sem qualquer medidor. Essa prática é classificada como furto de energia, um crime previsto no Código Penal Brasileiro, especificamente no Artigo 155.
A central de mineração estava localizada em uma área já afetada por atividades de tráfico de drogas. Isso levanta suspeitas sobre possíveis ligações entre a mineração de criptomoedas e o financiamento de ações ilícitas. A combinação de operações de gatonet e mineração clandestina não apenas compromete a segurança elétrica da região, mas também sugere a existência de uma rede mais ampla de crimes.
Consequências da operação
A operação resultou na apreensão de diversos materiais, incluindo equipamentos de informática e substâncias ilícitas. A polícia encontrou drogas como cocaína e maconha em outra residência, indicando que a ação estava voltada para uma série de atividades criminosas. A Polícia Civil agora realizará uma perícia técnica nos itens apreendidos para determinar a natureza exata das operações.
Próximos passos e segurança pública
A Polícia Militar anunciou que a operação segue em andamento, com esforços focados em aumentar a segurança nas áreas afetadas. O principal objetivo é não apenas combater atividades ilegais, mas também restaurar a ordem pública nas regiões de Guarus e Travessão, frequentemente impactadas por crimes relacionados ao tráfico e à mineração ilegal.
Com o apoio da concessionária de energia ENEL, que foi acionada para desligar a energia e remover conexões irregulares, a polícia busca desmantelar essas operações clandestinas. A ausência de responsáveis nos locais de operação levanta preocupações sobre a falta de supervisão e a tentativa de encobrir tais atividades ilegais. Como a comunidade pode contribuir para a segurança local nesse cenário? É fundamental que a população esteja atenta e denuncie qualquer irregularidade.
A recente ação da polícia ilustra a necessidade de uma vigilância constante sobre as atividades de mineração de criptomoedas, especialmente em áreas vulneráveis. Embora a mineração em si não seja considerada um crime no Brasil, práticas ilegais associadas, como o furto de energia, são severamente punidas. Isso reforça a importância de se adotar uma abordagem legal e ética nas operações de criptomoedas. Como garantir que estamos todos jogando limpo nesse novo mercado? 💬

