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Isenção de impostos para fundos imobiliários permanece inalterada na nova proposta

No dia 24 de setembro, uma atualização importante foi divulgada sobre a Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, trazendo alívio para os investidores em fundos imobiliários e Fiagros. A empresa financeira XP Investimentos destacou que a versão mais recente da medida manteve isenções fiscais essenciais, fundamentais para esses veículos de investimento, revertendo algumas preocupações iniciais que haviam causado inquietação no mercado.

Componentes principais da medida atualizada

Um dos aspectos mais notáveis dessa proposta é a manutenção da isenção do Imposto de Renda para investidores individuais sobre os ganhos distribuídos, desde que atendidas determinadas exigências legais. Essas exigências incluem critérios como um número mínimo de investidores e um teto para a participação individual. Inicialmente, o projeto previa a aplicação de uma alíquota de 5% a partir de 2026, o que teria reduzido significativamente a atratividade desses fundos.

Benefícios para investidores

A XP destacou uma mudança favorável: a taxa de imposto sobre ganhos de capital foi reduzida de 20% para 17,5% nas transações envolvendo cotas de fundos. Embora essa alteração possa parecer pequena, ela é crucial para manter a competitividade desses fundos em relação a outros produtos financeiros disponíveis no mercado.

Além disso, a continuidade das isenções fiscais sobre rendimentos internos — como renda de aluguéis, investimentos e retornos de outros fundos — é considerada um desenvolvimento positivo. A XP acredita que isso irá melhorar a eficiência na gestão de caixa, atualmente prejudicada pelos encargos tributários relacionados a ativos tradicionais, como LFTs e fundos DI.

Riscos e Desafios Potenciais

Apesar das atualizações serem, em sua maioria, favoráveis, a XP emitiu alertas sobre riscos potenciais. A eliminação da exigência de distribuir um mínimo de 95% dos lucros em dinheiro pode resultar em pagamentos reduzidos para os acionistas a curto prazo, além de aumentar a volatilidade nos retornos. Ademais, a transição para um método de contabilidade de competência implica que distribuições que superem o lucro reportado serão agora consideradas amortização tributável. Essa mudança pode gerar pressão sobre os Fundos de Fundos (FOFs), fundos multiestratégicos e fundos de papel, especialmente aqueles que detêm ativos em dificuldades.

Próximos Passos no Processo Legislativo

A votação sobre a medida provisória foi adiada até 30 de setembro, após um pedido coletivo por uma revisão mais aprofundada. Se aprovada, a medida será convertida em lei ordinária, consolidando essas mudanças e suas implicações para os investidores.

A mais recente atualização sobre a MP nº 1.303/2025 traz alívio para investidores em fundos imobiliários e Fiagros. No entanto, é crucial manter a atenção voltada para os desafios que podem surgir. Os envolvidos no setor devem se manter informados sobre o andamento do processo legislativo.