O setor de shopping centers tem se mostrado um verdadeiro campo de oportunidades para investidores à procura de valorização. Recentemente, a Canuma Capital decidiu aumentar sua participação em ações desse segmento, elevando para 5% sua exposição no fundo multimercado CCME11. Mas afinal, o que motivou essa decisão? Não se trata apenas de números; é o resultado de uma análise aprofundada do desempenho de empresas como Iguatemi, Allos e Multiplan, especialmente quando as comparamos com os fundos imobiliários listados no IFIX.
Neste artigo, vamos explorar como os dados e as tendências atuais moldam as decisões de investimento nesse setor e o que isso significa para você, investidor.
Análise detalhada do desempenho das ações de shopping
Vamos começar a nossa análise pelos indicadores que revelam o verdadeiro potencial das ações de shopping. Felipe Vaz, sócio-gestor da Canuma, ressalta que a equação vai muito além do dividend yield, que, em média, é duas a três vezes superior nos FIIs. Quando ajustamos os resultados operacionais para eventos não recorrentes, percebemos que o ‘yield implícito’ das ações indica que elas estão subavaliadas em relação ao preço de mercado. Essa nuance é fundamental para entender por que essas ações podem ser uma escolha atrativa, mesmo em um cenário onde os FIIs parecem mais promissores em termos de renda.
Os dois principais indicadores que analisamos foram o NOI/m² e o AFFO Yield, ambos essenciais para avaliar a geração de caixa e a eficiência operacional dos ativos. Os dados mostram que as ações estão, de fato, subavaliadas em comparação aos FIIs, o que abre um leque de oportunidades para investidores que buscam valorização a longo prazo. Você já parou para pensar nas possibilidades que isso pode trazer para o seu portfólio?
Cenário macroeconômico e suas implicações
A influência do cenário macroeconômico nas decisões de investimento não pode ser subestimada. Com a expectativa de queda nas taxas de juros, as ações de shopping podem se beneficiar rapidamente, especialmente com o crescente fluxo de investidores estrangeiros. Para ilustrar, enquanto os FIIs de shopping subiram cerca de 10%, as ações avançaram impressionantes 30% no mesmo período. Essa discrepância mostra como o mercado de ações pode reagir de forma ágil a mudanças econômicas, um fator essencial a ser considerado por você, investidor.
É importante ressaltar que a escolha entre ações e FIIs não deve ser encarada como uma decisão excludente. Vaz enfatiza a importância de compor um portfólio diversificado, onde ações e FIIs atuem de forma complementar. A beleza de um fundo multiestratégia está na capacidade de alocar recursos nas melhores oportunidades, seja no mercado de ações ou nos fundos imobiliários. Você já pensou em como diversificar o seu portfólio pode impactar seus resultados?
O papel do perfil do investidor na estratégia de investimento
Marcos Baroni, da Suno Research, traz à tona um ponto crucial: o perfil do investidor. Os fundos imobiliários costumam atrair aqueles que buscam uma renda recorrente mais estável, enquanto as ações oferecem um potencial de valorização, embora com maior volatilidade. A chave para o sucesso está em compreender que esses produtos são distintos, cada um atendendo a objetivos financeiros diferentes. Qual é o seu objetivo como investidor?
O desempenho acumulado dos principais fundos de shoppings, que superou o das principais empresas do setor até agora, é um dado importante, mas não é o único a ser considerado. O verdadeiro desafio é olhar para o futuro e avaliar qual será o potencial de desempenho das empresas listadas ao longo de um ciclo de dois a cinco anos. A resposta para essa pergunta depende não apenas do mercado, mas também das suas expectativas e objetivos pessoais. Você está preparado para tomar decisões informadas baseadas nessas análises?