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Impacto da Decisão de Taxa do Fed nos Títulos Públicos Brasileiros

Na tarde de quarta-feira, 17, uma mudança significativa ocorreu no mercado de títulos públicos negociados via Tesouro Direto. Essa alteração foi impulsionada pela decisão do Federal Reserve de reduzir as taxas de juros em 0,25 pontos percentuais, ajustando a faixa para entre 4% e 4,25%.

Além disso, o Fed indicou a possibilidade de novas reduções até 2025. Esse desenvolvimento contribuiu para um crescente alívio financeiro em escala global, levando a uma diminuição nos prêmios de risco exigidos pelos investidores brasileiros.

No Brasil, a tendência geral foi de queda nos rendimentos dos títulos de taxa fixa. Por exemplo, o rendimento do Tesouro Prefixado 2028 caiu de 13,16% ao ano no início do dia para 13,12% às 15h26. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado 2032 apresentou uma redução de 13,49% para 13,46%, enquanto o título com juros semestrais com vencimento em 2035 passou de 13,56% para 13,54%.

Títulos indexados à inflação também reagem

Além dos títulos de taxa fixa, os títulos indexados à inflação mostraram um ajuste para baixo nas taxas de longo prazo. O Tesouro IPCA+ 2040 viu sua taxa cair de 7,07% para 7,02% na sua componente fixa, enquanto o IPCA+ 2060, que oferece juros semestrais, diminuiu de 7,12% para 7,10%. Uma leve queda também foi observada no IPCA+ 2029, que passou de 7,63% para 7,60%, indicando um prêmio de risco reduzido no segmento intermediário.

O otimismo global impulsiona reações locais

A reação observada no mercado do Tesouro Direto refletiu o otimismo geral que tomou conta dos mercados globais após o anúncio do Fed. O índice Ibovespa, por exemplo, superou a marca significativa de 146.000 pontos pela primeira vez, enquanto os rendimentos dos Treasuries dos EUA caíram, aumentando o apelo da renda fixa brasileira.

Iniciativa da B3 para aumentar a liquidez do mercado

Em um movimento relacionado, a bolsa de valores brasileira, B3, anunciou no mesmo dia seus planos de iniciar um programa para credenciar instituições financeiras interessadas em se tornar formadores de mercado para títulos públicos federais. Essa iniciativa, programada para começar em outubro, busca reforçar a liquidez no segmento.

Por meio desse programa, a B3 concederá credenciamento a até dois formadores de mercado para Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) e um número igual para Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e Letras do Tesouro Nacional (LTN). Essas instituições credenciadas deverão participar de ofertas de compra e venda para auxiliar na formação de preços dos títulos federais na plataforma Trademate, que serve como o ambiente de negociação eletrônica da B3 para produtos de renda fixa.

Incentivos financeiros para estimular a participação

Para incentivar a participação, a B3 fornecerá incentivos financeiros a esses formadores de mercado com base em seu volume de negociações e nos spreads que mantêm. O período de inscrição para instituições interessadas neste programa permanecerá aberto até 26 de setembro. Caso o número de inscrições exceda as vagas disponíveis, critérios específicos serão utilizados para resolver eventuais empates.

Entidades elegíveis para solicitar credenciamento como formadores de mercado incluem tanto entidades jurídicas nacionais quanto estrangeiras, além de fundos de investimento que atuem como formadores de mercado independentes.

Discussões fiscais em andamento no Brasil

No contexto mais amplo da política fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou percepções sobre várias propostas em consideração no ministério. Entre essas discussões está a Medida Provisória 1303, que foi apresentada como uma alternativa ao aumento da Taxa sobre Operações Financeiras (IOF).

Haddad enfatizou a existência de múltiplas propostas sendo avaliadas em um quadro de negociação, incluindo a possível eliminação de isenções fiscais sobre debêntures incentivadas. Ele se absteve de detalhar as discussões para não antecipar conversas legislativas com os parlamentares.

Equilibrando a política fiscal e a estabilidade do mercado

No Brasil, a tendência geral foi de queda nos rendimentos dos títulos de taxa fixa. Por exemplo, o rendimento do Tesouro Prefixado 2028 caiu de 13,16% ao ano no início do dia para 13,12% às 15h26. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado 2032 apresentou uma redução de 13,49% para 13,46%, enquanto o título com juros semestrais com vencimento em 2035 passou de 13,56% para 13,54%.0

No Brasil, a tendência geral foi de queda nos rendimentos dos títulos de taxa fixa. Por exemplo, o rendimento do Tesouro Prefixado 2028 caiu de 13,16% ao ano no início do dia para 13,12% às 15h26. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado 2032 apresentou uma redução de 13,49% para 13,46%, enquanto o título com juros semestrais com vencimento em 2035 passou de 13,56% para 13,54%.1