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Fintechs: como a pandemia acelerou a inovação financeira

Na minha experiência no Deutsche Bank, testemunhei diversos ciclos econômicos e seus impactos nos mercados financeiros. Atualmente, os números falam claro: as fintechs experimentaram um crescimento exponencial, com um aumento de 300% nos investimentos globais desde 2020. Este fenômeno não se deve apenas à pandemia, mas também é uma resposta a uma crise de confiança que emergiu no sistema financeiro global durante a crise de 2008.

A crise financeira de 2008 ensinou ao setor bancário a importância da liquidez e da conformidade. Quem atua na área sabe que a confiança dos consumidores é fundamental. Com as instituições tradicionais enfrentando dificuldades para recuperar essa confiança, as fintechs aproveitaram a oportunidade para inovar, oferecendo serviços mais transparentes e acessíveis.

Uma análise técnica dos dados revela que as plataformas de pagamento digital e os serviços de empréstimo online aumentaram significativamente sua participação de mercado. Segundo um relatório da McKinsey, em 2021, o volume dos investimentos fintech alcançou 210 bilhões de dólares, evidenciando um claro deslocamento em direção a soluções digitais que atendem às novas demandas dos consumidores.

No entanto, é crucial considerar as implicações regulatórias desse crescimento. Com a digitalização em expansão, os reguladores enfrentam o desafio de garantir a segurança e a estabilidade do sistema financeiro. As normas precisarão evoluir para acompanhar a inovação. A due diligence torna-se, portanto, um aspecto fundamental para proteger os consumidores e assegurar um mercado justo.

Ao entrarmos em 2025, as perspectivas para o setor fintech permanecem otimistas. As lições aprendidas durante a crise de 2008, somadas à aceleração provocada pela pandemia, criaram um ambiente propício à inovação. Contudo, é crucial adotar um ceticismo construtivo em relação às tendências passageiras, fundamentando as decisões em dados concretos e métricas financeiras.