Viajar para o exterior é um desejo comum entre muitas pessoas, mas os custos associados podem representar um grande desafio. Além das passagens aéreas, que muitas vezes são exorbitantes, o câmbio desfavorável também pode ser uma barreira para muitos brasileiros. Contudo, com um planejamento financeiro adequado e as ferramentas de investimento certas, é possível tornar essa meta mais acessível.
Planejamento inicial: definindo o destino e o orçamento
O primeiro passo para realizar uma viagem internacional é escolher o destino e determinar quanto tempo será gasto lá.
Isso ajuda a definir o orçamento necessário. Por exemplo, passagens aéreas podem custar até R$ 10 mil, e a cotação do euro e do dólar pode ser uma preocupação, com valores em torno de R$ 6,35 e R$ 5,40, respectivamente.
Antônio Sanches, analista de alocação da Rico, fez cálculos sobre os aportes mensais que um viajante precisaria para acumular R$ 25 mil, um valor estimado para cobrir gastos em viagens internacionais. Considerando prazos de um, três e cinco anos, essa simulação ilustra como um planejamento financeiro sólido pode facilitar a realização desse sonho.
A importância do tempo e da estratégia de investimento
O tempo é um fator crucial ao escolher onde investir para uma viagem. Para quem planeja uma viagem em um ano, a liquidez é essencial. Isso significa que é necessário ter a flexibilidade de acessar os recursos rapidamente, especialmente se surgir uma oportunidade de passagem aérea mais barata ou promoções de hospedagem.
Investimentos em ativos de curto prazo, como Tesouro Selic e CDBs atrelados ao CDI, podem oferecer a combinação ideal de rendimento e liquidez. Para prazos mais longos, é aconselhável considerar títulos atrelados ao IPCA, que protegem o poder de compra ao longo do tempo. Essa estratégia é especialmente útil para aqueles que estão dispostos a manter o investimento até o vencimento, garantindo assim a rentabilidade esperada.
Planejamento para gastos em moeda estrangeira
Outro aspecto importante ao planejar uma viagem internacional é a obtenção da moeda local, necessária para despesas como transporte, alimentação e compras. Transações realizadas com cartões de crédito brasileiros podem incorrer em IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o que torna ainda mais relevante a aquisição antecipada da moeda estrangeira.
Sanches ressalta que é difícil prever a cotação da moeda no momento da viagem devido à sua volatilidade. Portanto, é essencial calcular quanto dinheiro em moeda local será necessário e começar a acumular esse valor o quanto antes, evitando surpresas desagradáveis que podem comprometer a viagem.
Após garantir os recursos essenciais para gastos com transporte e hospedagem, o viajante pode adquirir a moeda estrangeira gradualmente, focando em despesas como passeios e compras. Com um planejamento financeiro bem estruturado, realizar o sonho de viajar para o exterior torna-se uma meta mais alcançável.