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Estratégias de alocação em fundos imobiliários: um guia prático

Em um cenário repleto de incertezas econômicas e oscilações de mercado, a alocação de investimentos se torna uma questão crucial para os investidores que buscam segurança e rentabilidade. Recentemente, o empresário Sidney Angulo, sócio do E-Business Park, compartilhou sua visão sobre como ajustou sua carteira de fundos imobiliários, equilibrando de forma sábia entre fundos de tijolo e fundos de papel. Essa abordagem destaca a importância de compreender os ciclos do mercado e adaptar as estratégias conforme as condições econômicas.

O papel dos fundos de tijolo e de papel na estratégia de investimento

Com décadas de experiência no setor imobiliário, Angulo enfatiza a necessidade de uma abordagem estratégica e a compreensão dos diferentes tipos de fundos disponíveis. Em sua análise, até setembro do ano anterior, sua carteira contava com cerca de 70% em fundos de tijolo e 30% em fundos de papel, que incluem debêntures. No entanto, a evolução das discussões sobre tributação e a percepção de oportunidades em imóveis listados o levaram a revisar essa alocação.

“No fim do ano, zerei minha posição em papel e fiquei com quase 100% em tijolo. Papel você pode comprar a qualquer momento, mas tijolo barato é oportunidade rara”, compartilha Angulo. Essa mudança estratégica reflete uma busca por ativos que oferecem maior segurança e potencial de valorização em tempos de volatilidade.

Atualmente, sua carteira apresenta uma composição mais equilibrada, com aproximadamente 20% alocados em fundos de papel, predominantemente imobiliários, devido ao seu lastro em garantias reais. Essa diversificação, segundo Angulo, traz robustez à carteira de investimentos, uma vez que um bom Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é associado a garantias que protegem o investidor em caso de inadimplência.

Desmistificando a correlação entre CDI e FIIs

Outro ponto importante levantado por Angulo diz respeito à comparação entre o CDI e os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). Ele critica a ideia de que essa correlação pode ser utilizada como parâmetro para decisões de investimento. “Essa volatilidade em tijolo é ridícula. Você não compra prédio bom barato só porque o CDI subiu”, argumenta, salientando que os imóveis são ativos que seguem ciclos de longo prazo, variando de 7 a 20 anos.

Esse entendimento é fundamental para investidores que desejam adotar uma abordagem mais consciente e estratégica em suas decisões. Angulo sugere que a volatilidade dos preços dos imóveis não deve ser vista isoladamente, mas sim em um contexto mais amplo que considere o ciclo econômico e as perspectivas de valorização a longo prazo.

A importância da clareza nos índices de mercado

Angulo também critica a forma como o IFIX, índice que mede o desempenho dos FIIs, mistura fundos de tijolo e fundos de papel. Para ele, essa mistura prejudica a compreensão do investidor sobre a volatilidade e os riscos envolvidos. “O índice confunde. Deveríamos ter um índice só de tijolos e outro de dívidas. Isso ajudaria o investidor a entender melhor a volatilidade”, acrescenta.

Essa proposta de separação dos índices reflete uma preocupação com a transparência e a clareza na comunicação de informações de mercado, permitindo que investidores tomem decisões mais informadas. Em um ambiente cada vez mais complexo, a capacidade de compreender a alocação de ativos e suas inter-relações é essencial para o sucesso em investimentos.

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