Nos últimos dias, o Bitcoin enfrentou uma queda acentuada, após atingir um pico histórico de US$ 126.250 em outubro. O ativo digital caiu 33% em apenas 46 dias, reacendendo as críticas de vozes que estavam relativamente silenciosas, como o renomado economista Paul Krugman e o investidor Nassim Taleb.
A trajetória do Bitcoin tem sido marcada por uma valorização impressionante desde sua criação em 2011, quando seu valor era de apenas US$ 7,40. Desde então, o ativo digital viu uma valorização de mais de 1.148.548%. Contudo, a recente desvalorização de 15,7%, que fez o Bitcoin cair para US$ 85.000, levou Krugman a celebrar a queda e reiterar suas críticas persistentes à criptomoeda.
A crítica constante ao Bitcoin
Nassim Taleb, que já foi um defensor do Bitcoin, evoluiu para um crítico severo do ativo. Em, Taleb argumentou que a valorização do Bitcoin estava ligada às baixas taxas de juros nos Estados Unidos e em outras economias desenvolvidas. Apesar da atual queda, o Bitcoin ainda apresenta um crescimento de 339% desde então, enquanto instituições financeiras lutam contra a inflação crescente.
Reações em momentos de queda
Taleb, que costuma se manifestar em momentos de declínio acentuado da criptomoeda, não hesitou em criticar o ativo novamente durante uma queda de 29% em agosto de. Naquela ocasião, o preço caiu de US$ 70.000 para US$ 49.500. Ele afirmou que o Bitcoin não funcionava como um ativo de proteção. Curiosamente, esse foi o ponto de inflexão que levou a uma recuperação de 154% nos 427 dias seguintes, culminando em um novo recorde.
Atualmente, mesmo após a recente desvalorização, o Bitcoin ainda apresenta um crescimento de 72% desde os comentários iniciais de Taleb. No entanto, o investidor voltou a se arriscar ao reiterar suas críticas em uma postagem recente, questionando a ideia de que o Bitcoin poderia ser uma proteção contra incertezas.
A voz de Paul Krugman
Outro crítico que ressurgiu nesse cenário foi Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia. Em seu blog, Krugman comentou sobre a situação do Bitcoin, referindo-se ao colapso recente das criptomoedas como um fenômeno que, segundo ele, se tornou um trade pró-Trump. Ele questionou se a queda atual era justificada por fundamentos econômicos, indagando quais seriam esses fundamentos.
Krugman também expressou seu cansaço em relação ao tema e prometeu voltar a discutir a situação nas próximas postagens. Em sua análise, ele incluiu uma captura de tela que mostrava a queda de 15,7% do Bitcoin em relação ao dólar americano nos últimos 12 meses, acompanhada pela música ‘Free Fallin’ de Tom Petty, uma referência clara à situação atual da criptomoeda.
A valorização do Bitcoin ao longo do tempo
É importante ressaltar que, apesar das críticas e das flutuações de preço, o Bitcoin continua a registrar máximas e mínimas cada vez mais elevadas a longo prazo. A tendência de crescimento, que parece ser ignorada por muitos críticos, é um fator que leva investidores a continuarem confiando na criptomoeda, mesmo em meio a períodos de alta volatilidade.
A trajetória do Bitcoin é um campo fértil para debates acalorados, especialmente entre economistas e investidores. Enquanto críticos como Krugman e Taleb levantam questões sobre a viabilidade do Bitcoin como ativo, a realidade do mercado e a resiliência da criptomoeda revelam um cenário complexo que vai além das críticas simplistas.
