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Crescimento dos ETFs de fundos imobiliários: desafios e perspectivas

O mercado de ETFs (Exchange Traded Funds) de fundos imobiliários no Brasil enfrenta desafios que podem limitar seu crescimento. Você sabia que a desigualdade tributária em relação aos fundos imobiliários tradicionais é um dos principais obstáculos? Essa questão impacta diretamente a atratividade desses produtos para os investidores. Especialistas como Danilo Gabriel, gestor da XP Asset, acreditam que uma equiparação tributária poderia transformar esse segmento, possibilitando um crescimento mais robusto e saudável.

Desigualdade tributária e seu impacto no crescimento dos ETFs

Atualmente, os ETFs de fundos imobiliários são penalizados em termos de tributação, criando uma barreira para os investidores. Comparando com o acesso direto a fundos imobiliários, fica claro que a Receita Federal deveria tratar ambos de forma equitativa. A situação atual é preocupante: a participação dos ETFs no mercado de fundos é inferior a 0,5%, um número alarmante considerando que o setor imobiliário totaliza cerca de R$ 9 trilhões.

Além disso, os ETFs focados em fundos imobiliários têm um patrimônio ainda mais restrito, somando menos de R$ 100 milhões. O XFIX11, por exemplo, foi o primeiro ETF de fundos imobiliários lançado no Brasil e busca replicar o IFIX, oferecendo aos investidores a possibilidade de diversificação com uma única compra. No entanto, o desempenho recente dessa classe de ativos, que não atendeu às expectativas, também é um fator desestimulante para novos investimentos.

Desafios enfrentados pelos ETFs de FIIs

Um dos principais desafios que os ETFs de fundos imobiliários enfrentam é o desempenho abaixo do CDI nos últimos anos. A falta de distribuição de dividendos pelo ETF é uma estratégia adotada para evitar a tributação mensal sobre os rendimentos, permitindo que o investidor seja tributado apenas na venda. Essa abordagem, apesar de eficaz em termos de retorno, pode tornar o produto menos atrativo para aqueles que buscam renda imediata.

Outro aspecto a considerar é a correlação do desempenho dos fundos imobiliários com a taxa Selic e os títulos públicos indexados à inflação. Quando a Selic cai, há uma tendência de valorização nos fundos imobiliários, indicando um ciclo positivo no mercado, semelhante ao que ocorreu entre 2017 e 2021. Assim, as perspectivas futuras dependem do cenário macroeconômico e das condições de mercado.

O papel das gestoras no desenvolvimento dos ETFs de FIIs

A XP Asset e a Hedge Investments estão na linha de frente do desenvolvimento de ETFs de fundos imobiliários. A XP, com o lançamento do XFIX11, mostrou que é possível acessar uma cesta diversificada de ativos com uma taxa de administração baixa. Já a Hedge Investments, com o HERT11, busca preencher uma lacuna no mercado, focando exclusivamente em fundos de tijolo com alta liquidez.

O desenvolvimento de índices próprios e a criação de critérios rigorosos de elegibilidade para os ativos que compõem os ETFs são práticas que podem aumentar a confiança dos investidores. A Hedge, por exemplo, implementou um índice baseado na metodologia da FTSE, com filtros adicionais que excluem certos tipos de fundos, garantindo maior segurança e transparência aos investidores.

Em um cenário de juros altos, tanto a XP quanto a Hedge enxergam oportunidades para os investidores que adotam uma perspectiva de longo prazo. A negociação de fundos de tijolo com descontos relevantes em relação ao valor patrimonial apresenta um ponto de entrada interessante para quem busca ativos de qualidade.

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Como a redução da taxa de juros pode beneficiar o mercado imobiliário