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Como os fundos imobiliários prosperam mesmo com a Selic elevada

Num cenário econômico onde a Selic está nas alturas, a 15% ao ano, os fundos imobiliários têm mostrado uma resiliência impressionante. O IFIX, índice que mede o desempenho desses ativos, valorizou-se em 10,35% no primeiro semestre, marcando a maior alta desde 2019.

Você já parou para pensar como o mercado imobiliário consegue se adaptar e até prosperar, mesmo com juros tão elevados e incertezas regulatórias no horizonte? Vamos desvendar essa dinâmica e oferecer insights valiosos para quem está pensando em investir.

O cenário econômico atual e a valorização do IFIX

A taxa Selic, que atualmente atinge o maior patamar das últimas duas décadas, traz vários desafios à mesa. Contudo, a valorização do IFIX sugere que há uma força subjacente no mercado de fundos imobiliários. Para especialistas como Marcos Baroni, da Suno Research, essa alta não é mera coincidência; ela reflete a resistência dos FIIs e um componente de rendimento que continua a atrair investidores. Mesmo com o Tesouro IPCA oferecendo taxas superiores a 7,5%, a rentabilidade dos fundos imobiliários ainda se mostra competitiva. E você, já considerou qual a melhor opção para o seu perfil de investidor?

Entender o comportamento dos investidores é fundamental para decifrar essa valorização. Marx Gonçalves, da XP, aponta que devemos olhar não apenas para a Selic atual, mas também para as expectativas futuras. Com cortes na Selic à vista, aqueles que se posicionam antecipadamente, cerca de oito a doze meses antes do início do ciclo de queda, podem colher frutos significativos. Essa estratégia de antecipação ilustra perfeitamente como a análise de dados pode guiar decisões de investimento. Que tal adotar uma abordagem semelhante e entender como os números podem trabalhar a seu favor?

Desafios regulatórios e tributários no horizonte

Além da alta dos juros, o mercado imobiliário enfrenta incertezas regulatórias, especialmente com a proposta de uma tributação de 5% sobre os rendimentos distribuídos por FIIs, que pode entrar em vigor em 2026. Embora essa proposta ainda esteja em discussão, a possibilidade de mudanças na tributação gera preocupações entre os investidores. Você já pensou em como essas mudanças podem impactar os seus investimentos?

No contexto da reforma tributária, uma recente derrubada de veto pelo Congresso trouxe um alívio temporário, isentando os FIIs e os Fiagros do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS). Essa decisão tem o potencial de tornar os FIIs mais atraentes, mas o cenário ainda é desafiador, exigindo que os investidores fiquem atentos a essas questões regulatórias. Manter-se bem informado é essencial, não acha?

A responsabilidade dos cotistas e a estrutura dos FIIs

Outro ponto crucial a ser considerado é a responsabilidade dos cotistas nos fundos imobiliários. A Lei nº 8.668 estabelece que essa responsabilidade é limitada ao valor das cotas subscritas. Recentemente, a Resolução CVM nº 175 abriu a possibilidade de criar fundos com responsabilidade limitada, o que pode oferecer uma camada extra de proteção aos investidores. Você se sente mais seguro sabendo que há essa proteção em vigor?

Além disso, conforme esclarecido pela CVM, em casos de patrimônio líquido negativo, os cotistas só são convocados a aportar recursos adicionais se as obrigações não estiverem diretamente ligadas aos imóveis que compõem a carteira do FII. Essa proteção é um ponto positivo e deve ser levado em conta ao avaliar o risco e a segurança de seus investimentos em FIIs. Afinal, investir deve ser uma atividade que traz confiança e não apenas riscos, certo?