Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro passou por uma transformação significativa, especialmente com o crescimento dos ETFs (Exchange Traded Funds). O ETF LFTB11, gerido pela Investo, destaca-se nesse cenário, alcançando a impressionante marca de R$1 bilhão em custódia em menos de um ano.
Essa ascensão reflete não apenas a crescente aceitação dos ETFs entre os investidores, mas também a busca por soluções que ofereçam liquidez, eficiência tributária e transparência.
Crescimento dos ETFs de renda fixa
O mercado de ETFs no Brasil tem demonstrado um crescimento robusto, impulsionado pela alta demanda por instrumentos de renda fixa. O LFTB11, por exemplo, foi lançado com o objetivo de proporcionar exposição máxima à taxa Selic, mantendo a volatilidade mínima. Este fundo se beneficia de um cenário de juros elevados e da crescente necessidade dos investidores por segurança e rentabilidade. Em um ambiente desafiador, a Investo conseguiu lançar um produto de sucesso e expandir sua presença no mercado de ETFs.
Uma das principais vantagens do LFTB11 é a sua estrutura tributária. Ao investir em ETFs, os investidores enfrentam uma alíquota de 15% de Imposto de Renda sobre o ganho de capital, em contraste com a tabela regressiva de 22,5% que se aplica ao investimento direto em títulos do Tesouro. Essa característica torna o LFTB11 uma opção atraente para aqueles que buscam otimizar sua carga tributária enquanto investem em renda fixa.
A liquidez diária do LFTB11 na B3 é um dos seus principais atrativos. Diferentemente do Tesouro Direto, que pode ter limitações em horários de compra e resgate, o ETF está disponível durante todo o horário de funcionamento da bolsa, com liquidez D+1. Isso proporciona aos investidores uma flexibilidade essencial em um mercado dinâmico.
Impacto da adesão de traders e investidores institucionais
Contrariando a percepção de que o LFTB11 seria apenas uma opção para investidores conservadores, o fundo tem atraído considerável interesse de traders e investidores institucionais. Essa adesão deve-se à sua eficiência na alocação de caixa e à possibilidade de ser utilizado como margem de garantia em operações na bolsa. Alessandra Gontijo, sócia-diretora comercial da Investo, destaca que o uso do LFTB11 como margem de garantia tem contribuído significativamente para seu crescimento.
Com a liquidez diária e o reinvestimento automático dos cupons, o LFTB11 se consolidou como uma solução prática para investidores que desejam manter capital disponível sem abrir mão da rentabilidade. Assim, o fundo se torna uma escolha não apenas para aqueles que buscam segurança, mas também para traders que necessitam de rapidez e eficiência em suas operações.
A Investo, ao atingir R$3,7 bilhões em ativos sob gestão, demonstra a relevância crescente dos ETFs no Brasil. Com um portfólio diversificado de mais de 20 fundos, a gestora se dedica a entender as lacunas do mercado e a desenvolver produtos que atendam às necessidades específicas dos investidores.
A mudança de comportamento dos investidores brasileiros
O marco de R$1 bilhão em custódia do LFTB11 indica que o comportamento do investidor brasileiro está em transformação. Até recentemente, muitos desconheciam o conceito de ETFs. Hoje, esses produtos estão se tornando parte fundamental do planejamento financeiro, inclusive como reservas de emergência. O CEO da Investo, Cauê Mançanares, observa que a crescente aceitação dos ETFs reflete uma tendência global, onde nos Estados Unidos já existem mais ETFs do que ações listadas.
Esse movimento demonstra que os investidores estão se conscientizando das vantagens dos ETFs, como eficiência, transparência e liquidez, tudo em um único produto. A educação do mercado é crucial para solidificar essa tendência e, à medida que os investidores conhecem melhor os ETFs, espera-se que sua utilização continue a crescer.
Em suma, o LFTB11 não é apenas um ETF de renda fixa; ele representa uma nova era de investimentos no Brasil, onde a eficiência e a simplicidade se encontram, proporcionando aos investidores uma maneira otimizada de acessar o mercado de renda fixa.