Os números falam claro: o mercado global de fintech deve atingir 300 bilhões de dólares até 2025, revelando uma taxa de crescimento anual composta de 25%. Essa evolução não é apenas uma questão de moda; ela traz consigo mudanças significativas no funcionamento das instituições financeiras.
Nessa trajetória, posso afirmar, com base na minha experiência no Deutsche Bank, que testemunhei transformações radicais no setor financeiro, especialmente após a crise de 2008. Quem atua na área sabe que as lições aprendidas daquela crise não podem ser subestimadas.
Os regulamentos tornaram-se mais rigorosos, e a necessidade de maior compliance e due diligence é agora essencial para as instituições.
Ao analisar os dados, é evidente que a inovação fintech resultou em um aumento da liquidez e na redução dos spreads nos mercados. Plataformas de empréstimo peer-to-peer e criptomoedas estão transformando a natureza das transações financeiras tradicionais. Contudo, é crucial manter um olhar crítico em relação às modas do momento, pois nem todas as inovações trarão, de fato, um valor duradouro.
Do ponto de vista regulatório, as autoridades de supervisão precisam acompanhar o ritmo da inovação. A BCE e a FCA já estão explorando formas de regular eficazmente as novas tecnologias, evitando sufocar a inovação.
À medida que avançamos rumo a um futuro cada vez mais dominado pela tecnologia, é imperativo que os profissionais do setor mantenham uma visão clara e analítica. As perspectivas de mercado são promissoras, mas a cautela é fundamental para navegar por essas águas incertas.