Os números falam claro: Segundo dados da BCE, o investimento em fintechs cresceu 120% entre 2020 e 2023, evidenciando uma transformação significativa no setor financeiro.
Na minha experiência no Deutsche Bank, recordo bem as dificuldades enfrentadas durante a crise de 2008. A falta de liquidez e o aumento na compliance levaram muitas instituições a repensar seus modelos operacionais. Quem atua na área sabe que crises podem ser um terreno fértil para a inovação.
Como será que o mercado reagirá a essas novas oportunidades que surgem com a evolução das fintechs?
O setor de fintechs, especialmente, surgiu como resposta às falhas do sistema financeiro tradicional. Essa tecnologia não apenas democratizou o acesso a serviços financeiros, mas também aprimorou a due diligence e a transparência nas transações. Como aprendemos com a crise de 2008, é fundamental ter uma estrutura de governança robusta e regulamentações que protejam os consumidores sem impedir a inovação.
Atualmente, as fintechs enfrentam desafios regulatórios que podem impactar seu crescimento. A FCA e outras entidades reguladoras estão cada vez mais vigilantes em relação às práticas de mercado, especialmente no que diz respeito às criptomoedas e serviços de pagamento. A liquidez continua a ser um tema central nas discussões sobre a sustentabilidade do setor. Afinal, como assegurar que a inovação financeira não comprometa a estabilidade do mercado?
À luz das lições da crise de 2008, é essencial que o setor fintech continue a inovar, mas sem perder de vista a importância da compliance e da transparência. As perspectivas de mercado para as fintechs são otimistas, mas exigem um equilíbrio entre inovação e responsabilidade.
