Nos últimos anos, o cenário econômico brasileiro passou por transformações significativas, especialmente com o aumento da taxa Selic, que saltou de 4,5% para 15% ao ano. Essa mudança fez com que as gestoras focadas em crédito privado se destacassem, apresentando um crescimento notável. As informações divulgadas pela Anbima mostram que o número de gestoras especializadas em títulos como debêntures, CRIs, CRAs e LCIs aumentou de 60 para 164 entre 2019 e abril de 2024, o que representa um crescimento de 173%.
Cenário atual do crédito privado no Brasil
A alta dos juros criou um ambiente favorável para ativos de renda fixa, especialmente no segmento de crédito privado. Segundo Pedro Rudge, diretor da Anbima, a atratividade desses títulos se deve, em grande parte, à isenção de imposto de renda para pessoas físicas, com exceção de CDBs e FIDCs. Já pensou como isso torna os investimentos em crédito privado ainda mais interessantes em um contexto de juros elevados?
Além disso, as gestoras de crédito privado não só superaram as gestoras de ações, mas tornaram-se a maioria no mercado. Em 2019, essas gestoras representavam menos da metade do número de casas focadas na Bolsa, mas em 2024, essa situação se inverteu. Essa mudança é um claro sinal de que os investidores estão migrando seus recursos em busca de melhores retornos.
Outros setores em crescimento
O crescimento das gestoras de crédito privado não é um fenômeno isolado. O setor imobiliário, por exemplo, também viu um aumento significativo, passando de 34 gestoras para 91, o que representa um crescimento de 167%. O investimento em empresas fechadas, ou private equity, também se destacou, com um aumento de 79%, saltando de 87 para 156 gestoras. Você já imaginou como esse panorama afeta as possibilidades de investimento?
Esses dados refletem uma diversificação nas carteiras de investimento. A participação do crédito bancário, como CDBs, LCIs e LCAs, aumentou de 6% para 10% nos últimos cinco anos. Além disso, o crédito não bancário, que inclui debêntures, CRIs e CRAs, passou de 4% para 8% dos portfólios, evidenciando uma mudança nas preferências dos investidores. Que tipo de investimentos você tem considerado para a sua carteira?
Implicações para o futuro
Com o crescimento das gestoras de crédito privado, também observamos um aumento na participação das cotas de fundos estruturados, que passaram de 3% para 5% nas carteiras dos fundos nos últimos cinco anos. Essa evolução sugere que os investidores estão cada vez mais abertos a explorar estratégias diversificadas para maximizar seus retornos.
À medida que o mercado de crédito privado continua a se expandir, é fundamental que tanto investidores quanto gestoras fiquem atentos às mudanças nas condições econômicas e monetárias. Adaptar-se a esses novos cenários será crucial para a sustentabilidade e o crescimento contínuo deste setor. O que você acha que vem a seguir para o crédito privado no Brasil?