Você já parou para pensar no que está acontecendo com os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no mercado financeiro brasileiro? Pois é, no início do segundo semestre, o estoque desses títulos atingiu impressionantes R$ 160,04 bilhões, refletindo um aumento de 10% em relação ao ano passado. O que está por trás desse crescimento? Fatores legislativos e a busca por alternativas de renda fixa, que ainda são isentas de impostos.
Com a nova Medida Provisória (MP) 1.303/25, que institui uma tributação de 5% sobre esses papéis a partir de 2026, muitos investidores estão apressando suas compras até o final de 2025, quando os CRAs ainda estarão isentos. Uma verdadeira corrida por diversificação está em andamento!
Entendendo os CRIs e CRAs
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os CRAs são opções de renda fixa que abrem portas para investimentos nos setores imobiliário e do agronegócio. Em termos simples, esses títulos funcionam como um empréstimo que você, investidor, concede a projetos específicos. O retorno vem do pagamento garantido por receitas futuras, que podem ser desde vendas de imóveis até a produção agrícola. Mas será que isso é tudo?
Além da previsibilidade que caracteriza os títulos de renda fixa, os CRIs e CRAs oferecem vantagens, como a possibilidade de serem indexados ao dólar. Contudo, é fundamental que você esteja ciente dos riscos. Esses investimentos são considerados de risco moderado devido a fatores como a liquidez e a qualidade de crédito. Diferente de alternativas mais conservadoras, como CDBs e LCIs, os CRIs e CRAs não têm a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que pode aumentar sua exposição ao risco. Vale a pena ponderar!
O impacto da nova legislação e as oportunidades de investimento
Com as mudanças na legislação tributária se aproximando, a forma como investimos em CRAs e CRIs pode mudar bastante. A expectativa é que muitos investidores se movimentem rapidamente para garantir esses títulos antes que a isenção fiscal acabe. Isso pode gerar um aumento na demanda e, quem sabe, até uma valorização dos preços desses papéis. Você está preparado para aproveitar essa oportunidade?
A XP Investimentos, em um relatório recente, destacou que os CRAs podem não ser a melhor escolha para quem tem baixa tolerância ao risco. No entanto, para aqueles que buscam diversificar suas carteiras e têm uma visão de longo prazo, os CRAs e CRIs podem ser uma alternativa atraente. Além de um retorno potencialmente interessante, eles oferecem uma chance de diversificação em setores que estão crescendo.
Considerações finais e métricas a serem observadas
Se você está pensando em investir em CRAs e CRIs, é fundamental ficar de olho em alguns indicadores-chave de desempenho (KPIs). Isso inclui a liquidez do mercado secundário, os riscos de crédito dos emissores e as tendências econômicas que podem afetar esses setores. Além disso, é preciso avaliar cuidadosamente a relação entre rentabilidade e risco, especialmente com as novas regulamentações à vista. Compreender esses aspectos pode ajudar você a tomar decisões mais informadas e, assim, melhorar a performance dos seus investimentos ao longo do tempo.