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Adam Capital: a importância da diversificação internacional para investidores

A Adam Capital é uma gestora de investimentos que, ao longo de quase dez anos de atuação, consolidou-se como uma referência entre as principais instituições do Brasil. O diferencial da empresa reside em sua abordagem de identificar tendências estruturais de longo prazo e em equilibrar seu portfólio, explorando oportunidades em diferentes geografias.

O sócio-fundador, André Salgado, compartilha insights sobre a importância da diversificação internacional, especialmente em tempos de incertezas econômicas.

Em uma conversa exclusiva, Salgado destaca que o mercado americano continua sendo uma opção atrativa para investidores que buscam crescimento a médio e longo prazo. Ele observa que muitos brasileiros ainda estão excessivamente focados em ativos locais, o que limita suas chances de expandir seus horizontes de investimento. A diversificação, segundo ele, é essencial para garantir resiliência em um ambiente econômico volátil.

A trajetória da Adam Capital

Fundada em 2016 por André Salgado e Márcio Appel, a Adam Capital surgiu de uma parceria construída ao longo de anos em instituições como o Santander e o Safra. Desde o início, a gestora tem se dedicado principalmente a fundos multimercados, com um foco crescente em previdência, que representa atualmente a maior parte de seus ativos sob gestão, cerca de R$ 3 bilhões.

Reconhecimento e prêmios

Recentemente, o fundo Adam Icatu Prev foi premiado como o Melhor Fundo de Previdência Multimercados na Premiação Outliers do InfoMoney, consolidando ainda mais a reputação da Adam Capital. O reconhecimento é um reflexo da estratégia diferenciada da gestora, que busca oferecer retornos consistentes mesmo em condições desafiadoras. Salgado ressalta que a composição do fundo permite um desempenho favorável em mercados onde outros fundos podem não performar tão bem.

Tendências e mudanças no mercado

O cenário global de investimentos exige que gestores como a Adam Capital permaneçam vigilantes e disciplinados. O aumento dos gastos públicos em diversas nações tende a manter a inflação e as taxas de juros elevadas, fatores que impactam diretamente a rentabilidade dos investimentos. Salgado também observa que as próximas eleições no Brasil, previstas para 2026, poderão gerar um aumento na volatilidade do mercado, tornando a diversificação ainda mais crucial.

Descentralização da gestão

Uma mudança significativa ocorreu em, quando a Adam Capital descentralizou parte de sua gestão. Antes, Márcio Appel acumulava as funções de CEO e gestor principal, tomando as decisões de forma centralizada. Agora, a responsabilidade pelo risco foi compartilhada com outros gestores de portfólio, permitindo uma abordagem mais colaborativa e diversificada nas decisões de investimento.

Futuro e inovação na previdência

O foco da Adam Capital nos próximos anos será a ampliação de sua atuação na previdência, um segmento que já representa a maior parte de seus clientes. A gestora acredita que, com a queda das taxas de juros, o interesse por fundos multimercados irá aumentar, permitindo um reequilíbrio entre os segmentos de previdência e multimercados. Além disso, a empresa está estudando novas formas de descentralizar ainda mais suas operações, buscando melhorar o desempenho e a captação de novos recursos.

Com um compromisso sólido com a governança, a Adam Capital adota práticas rigorosas de compliance e gestão de risco, mesmo sendo uma empresa de porte menor, com aproximadamente 25 colaboradores. A experiência dos sócios na indústria bancária contribui para a implementação de padrões elevados desde a fundação da empresa.

Expectativas para o mercado

Com relação ao cenário futuro, a Adam Capital mantém uma visão otimista em relação ao mercado americano. A economia dos EUA, caracterizada por inovações e avanços tecnológicos, apresenta um potencial de crescimento significativo. Salgado observa que, apesar das incertezas políticas, a estrutura das empresas americanas é robusta e deve proporcionar resultados positivos no longo prazo.

Por outro lado, o ambiente político e econômico no Brasil continua a exigir cautela. Embora os preços dos ativos possam parecer atraentes, a incerteza gerada pelo cenário eleitoral e fiscal torna arriscado fazer apostas significativas em ações locais. Assim, a diversificação geográfica permanece como uma estratégia fundamental para os investidores brasileiros, que devem considerar a integração de ativos internacionais em seus portfólios.