Vamos falar a verdade: a sustentabilidade, como é apresentada, é um mito moderno que muitos aceitam sem questionar. A ideia de que podemos continuar consumindo como antes, mas de uma forma ‘sustentável’, é uma ilusão que permeia setores e governos. O rei está nu, e eu digo isso: estamos apenas escondendo um problema sob o tapete.
Vamos a alguns números. Segundo um relatório da ONU, mesmo com as iniciativas de sustentabilidade, as emissões de CO2 aumentaram 1,5% em 2023 em relação ao ano anterior.
Isso é um sinal claro de que as políticas implementadas não estão surtindo efeito. E se analisarmos mais a fundo, dados do Banco Mundial indicam que 60% da população mundial ainda vive com menos de 10 dólares por dia. Como podemos falar de sustentabilidade enquanto a pobreza extrema continua a crescer?
Diciamoci a verdade: a sustentabilidade não é apenas uma questão ambiental; trata-se também de desigualdade. Enquanto as grandes corporações abraçam a onda verde, as comunidades mais vulneráveis permanecem à margem. O que temos testemunhado é um greenwashing em larga escala, onde empresas apresentam suas práticas como ‘sustentáveis’ enquanto continuam a explorar recursos de maneira prejudicial.
So que não é popular dizer isso, mas precisamos parar de romantizar a sustentabilidade. É fundamental questionar as verdadeiras intenções por trás das iniciativas. Chegou o momento de uma discussão honesta sobre o que realmente significa viver de forma sustentável. E isso começa com a aceitação de que a solução que seguimos pode não ser a mais adequada.
Vamos lá, é hora de praticar um pensamento crítico. Que tal analisarmos não apenas os números, mas também as implicações sociais, econômicas e ambientais das nossas escolhas? A mudança real não virá de slogans bonitos ou promessas vazias, mas sim de uma verdadeira transformação na maneira como vivemos e consumimos.
